Comunicação não-violenta: a humanização durante períodos de crise

Você sabia que a comunicação não-violenta pode favorecer a produtividade da sua equipe?

Mais do que nunca a comunicação se tornou base para o sucesso de todos os negócios. Seja trabalhando home office ou no escritório, a pandemia exige de todos os gestores uma comunicação sólida e transparente. Uma postura ativa para garantir a união e o engajamento da equipe.

Os líderes precisam comunicar as expectativas, estratégias para contenção de custos ou até mesmo para a sobrevivência do negócio. Além disso, precisam cobrar as entregas, dar feedbacks sobre as atividades realizadas e garantir que todos estejam produzindo dentro do esperado.

Esse pode ser um desafio e tanto quando acrescentamos o fator emocional. Hoje, muitos estão estressados ou preocupados com as incertezas do futuro. E o resultado dessa soma toda pode ser uma comunicação cheia de ruídos. Por isso, praticar uma comunicação não-violenta é tão importante para ser assertivo, evitando conflitos desnecessários com outros profissionais.

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O que é comunicação não-violenta?

A comunicação não-violenta é um processo baseado na empatia e na colaboração para criar conexões de parceria que tornam a comunicação mais autêntica ou “desarmada”. Ela permite que as pessoas saiam um pouco do modo de ataque ou defesa, abrindo espaço para opiniões diversas ou até mesmo críticas construtivas.

Por ser algo diferente do que estamos acostumados, esse processo pode ser desafiador para muitas pessoas. Entretanto, quando bem aplicado, ele favorece assertividade, transparência e vínculos amigáveis com o outro.

No ambiente corporativo a comunicação não-violenta é uma ferramenta essencial para líderes e gestores. Além de tornar o ambiente mais leve, empático e humanizado, ela abre espaço para a construção de relações baseadas na confiança e sinceridade. Como consequência, os profissionais ficam mais a vontade para demonstrar suas vulnerabilidades, aceitar feedbacks construtivos e melhorar a performance.

Vale lembrar que praticar uma comunicação não-violenta não é aceitar tudo ou “engolir sapos”. Esse processo refere-se ao fato de saber se comunicar com tranquilidade, entendendo a si mesmo e o outro.

Como colocar em prática?

A base para uma boa comunicação está em saber ouvir e não apenas falar. Um dos segredos é treinar a sua mente para prestar atenção no momento presente, observando os próprios sentimentos e a postura do outro. Quer entender melhor?

Confira abaixo os componentes que fazem parte desse processo e que farão toda a diferença para que você tenha uma comunicação mais assertiva:

1 Observação 

Tudo começa na compreensão sem julgamentos. Observe com cautela o que realmente está acontecendo no momento da conversa: o que te incomoda? quais são os geradores de conflito?

Lembre-se de sempre se basear em fatos reais, fugindo das percepções ou interpretações movidas pelos sentimentos. Outro ponto importante é realizar observações descritivas, evitando julgamentos que trazem culpa, punição, merecimento, etc.

2 Sentimento

Após compreender o contexto, é preciso analisar os sentimentos que ele gera em você. Nesse momento é fundamental ser vulnerável e nomear essas sensações. Podemos citar como exemplo: mágoa, medo, felicidade, preocupação, frustração ou raiva.

3 Necessidade

O terceiro passo é identificar a necessidade por trás dos sentimentos identificados. Por exemplo, se você sentiu frustração com o ocorrido, deve se questionar: qual foi a necessidade que não foi atendida e que ocasionou essa frustração?

Saber definir e expressar com clareza as nossas necessidades é meio caminho andado para que elas sejam atendidas. Afinal, como alguém poderá te ajudar ou te entregar algo sem entender o que você realmente precisa?

4 Pedido

Por fim, faça uma solicitação específica e clara para a outra pessoa. Esse pedido precisa estar relacionado à uma ação concreta e vinculada com a sua necessidade. Para que ele seja bem aceito, vale utilizar uma linguagem positiva e educada.

É válido lembrar que frases ambíguas, abstratas ou vagas podem gerar dúvidas na outra pessoa, causando novas frustrações no futuro.

Crie vínculos com a sua equipe

Agora que você já sabe um pouco mais sobre comunicação não-violenta já pode começar a praticar com os seus colaboradores. Essa pode ser uma ferramenta estratégica nesse momento de distanciamento social pois ajudará a estreitar as relações ao mesmo tempo em que reforça o positivismo e o respeito pelo próximo.

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