Não se engane, apenas a remuneração não é capaz de reter e engajar a sua equipe.
Sim, com o passar dos anos o salário perdeu espaço para outros fatores dentro do mercado de trabalho. É claro que os profissionais levarão em consideração o valor oferecido, entretanto, também pesarão os pós e contras do ambiente, da carga horária, da distância bem como do clima organizacional.
Diante desse cenário, os profissionais de RH precisam manter uma posição ativa para suprir as novas demandas que surgem. Hoje, não adianta mais apenas dar um aumento para um colaborador desmotivado ou indicar caminhos para uma possível promoção.
Lembre-se que as novas gerações de profissionais estão cada vez mais preocupadas com o equilíbrio entre vida pessoal e carreira. Além disso, é crescente o número de colaboradores que buscam um sentido mais profundo nas atividades que realizam. O trabalho mecânico e repetitivo em troca de um salário já não gera a mesma motivação que antigamente.
O salário em segundo plano
Segundo um artigo publicado pela Harvard Business Review, 9 em cada 10 pessoas ganhariam menos em troca de um trabalho mais significativo. Ou seja, a busca por algo mais profundo já é uma realidade na maioria dos profissionais.
Dentro dessa nova realidade, fatores como apoio social no local de trabalho, senso de coletividade, participação ativa e propósito compartilhado ganharam espaços consideráveis.
Uma dica para os gestores é encontrar multiplicadores que possam reforçar o significado do trabalho e fornecer orientações para os colaboradores mais jovens. Com o apoio dos multiplicadores certos a organização conseguirá fortalecer os valores da cultura organizacional e melhorar o engajamento da equipe.
E você, concorda com esse cenário? O que é mais importante para a sua equipe?
A busca pelo propósito
Daniel Pink, autor do livro Drive: a surpreendente verdade sobre o que nos motiva, coloca a remuneração como um fator higiênico. Nesse caso, ela pode ser um problema – quando gerar a sensação de injustiça – ou indiferente – nos casos onde é positiva. Para o autor, existem 3 fatores que constroem a motivação:
- Autonomia: a busca pela liberdade para nos autodirigirmos;
- Maestria: o desejo de contribuir e de sermos melhores em algo;
- Propósito: a identificação da essência de cada um.
Ao analisar o contexto atual das empresas, é possível notar essa preocupação crescente em compreender o propósito do negócio e utilizá-lo para construir uma marca empregadora de qualidade bem como revigorar a cultura organizacional. Muitos líderes já perceberam que esse é o melhor caminho para atrair e reter os profissionais mais qualificados do mercado.
Por isso, se você conhece algum departamento de RH ou líderes que ainda acreditam que o salário é a melhor maneira de aumentar a produtividade e diminuir a rotatividade da equipe, que tal compartilhar esse artigo com eles? Ajude outros colegas a maximizar o aproveitamento do capital humano.
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